Sim, a andropausa “existe” mesmo.
Embora não se fale normalmente desta condição masculina de modo tão aberto como acontece com a sua homóloga feminina (a famosa menopausa), a andropausa não só existe como o facto de a ignorar ou negar a sua existência pode contribuir para situações de grande infelicidade e frustração, quando o indivíduo afetado não sabe o que está a ocorrer e, por esse motivo, desconhece que existem várias formas de conviver saudavelmente com tal estado.
Mas o que é a andropausa?
Andropausa é o nome genérico que se dá ao conjunto de efeitos devidos a uma condição degenerativa na produção de testosterona pelo organismo do homem (a hormona diretamente responsável pelas caraterísticas mais tipicamente masculinas, como a maçã de Adão, maior quantidade de pelos, voz grossa, etc.)
Contrariamente à menopausa, não afeta todos os indivíduos de uma determinada faixa etária (podendo até nunca chegar a ocorrer de modo significativo até ao fim das suas vidas), nem de forma tão brusca como sucede no caso das senhoras. Na verdade, salvo raras exceções, os sintomas manifestam-se de forma gradual e o seu aparecimento/desenvolvimento dependem em grande parte de hábitos de vida do sujeito (alimentação, exercício físico, etc.).
Como é que a andropausa se manifesta?
A andropausa afeta em média 25% dos homens a partir dos 50 anos, tornando-se mais evidente a partir dos 60/70 anos.
Apesar de o termo ser imediatamente associado com a função sexual (perda de ereção e diminuição do desejo), existem outros sintomas/efeitos tão ou mais importantes, como o aumento da gordura no organismo (que pode conduzir a problemas cardiovasculares), perda de memória e dificuldade de concentração, fragilidade óssea (osteoporose e osteopenia), além de outros problemas derivados direta ou indiretamente da andropausa, como é o caso da depressão.
A andropausa tem cura?
Tal como a “velhice”, a andropausa (que, em casos normais, resulta basicamente de um processo de envelhecimento) não tem um “remédio” específico. Todavia, com os avanços científicos da atualidade, cada um dos seus efeitos pode ser minimizado, retardado ou até mesmo suprimido, dependendo do grau de manifestação e das caraterísticas de cada indivíduo.
O tratamento de reposição artificial da testosterona é normalmente um último recurso, devido a possíveis efeitos colaterais indesejados. Antes disso, será conveniente trabalhar a dieta e o exercício físico e tratar os eventuais sint omas à medida que (e se) surgirem.
É aqui que entram os novos fármacos, como o Viagra ou o Cialis, que tratam basicamente da disfunção erétil. Não obstante, a disfunção erétil pode, como já vimos, ser resultado de uma situação maior chamada andropausa, sendo por isso muito provavelmente acompanhada por outros padecimentos que, se não forem detetados e tratados atempadamente, poderão contribuir em muito para a ineficácia dos medicamentos acima descritos e até mesmo, em última instância, fazer com que a utilização de um determinado fármaco (por isso existe mais do que um!) seja contraindicada para a situação em concreto ou até mesmo extremamente perigosa.
Antes de iniciar qualquer tratamento, consulte SEMPRE o seu médico.